MIlton NAScimento '75
bituca, como é chamado carinhosamente pelos fãs e amigos mais próximos.
aos 14 anos de idade ganhei esse álbum de presente...meu primeiro long-play estereofônico...até então, apesar de ter referências musicais através do acervo erudito e instrumental de meu avô...frequentar aulas de violão e gostar de cantar, por pura exibição,em rodinhas de amigos da escola...eu não sabia,exatamente,o que significava esse universo sonoro e estético.
foi bituca quem me inspirou...me mostrou o caminho mais lúdico das pedras e das pautas...animou meus ouvidos...despertou meu coração...me ensinou a ter sonhos...e, o mais importante, acreditar neles.
'beijo partido'(toninho horta) foi a canção fatal e crucial desse disco...eu queria entender aquela harmonia,melodia,voz,arranjos,músicos...e ouvia,ouvia,ouvia,ouvia,incessantemente...e,nessas audições, a intuição me dizia que, para se fazer música, teria de ser desse jeito.
o maestro jobim já foi descoberta posterior...e que pela densidade e imensidão de sua obra,me botou rédeas,desde o início...como um pai que educa seus filhos.
por isso posto também uma gravação do álbum milton 1970, em que o bituca canta e reinventa o maestro jobim ao violão.
a felicidade (a.c.jobim/v.de moraes)
*note que milton omite o famoso refrão...assim como joão gilberto que canta 'lígia'(versão original) suprimindo o nome da musa...coisa de gênios iluminados.
amplexosonoros e amplificados
namaste